quarta-feira, 18 de março de 2009

Arriscar-se

Há alguns anos atrás, um amigo arrancou uma folha de seu caderno e nela escreveu um poema e me entregou. Queria retribuir uma gentileza que fiz a ele.
As palavras não eram dele, mas muito bonitas e sábias.
Guardei essa folha, como guardo todas as cartas e bilhetes de carinho que recebo.
Anos depois, relendo essas palavras, percebi que só agora realmente compreendi o que elas querem dizer.
Hoje elas não são só palavras sábias e bonitas, são palavras que fazem sentido para mim...

"Rir é arriscar-se a parecer louco. Chorar é arriscar-se a parecer sentimental. Estender a mão é arriscar-se a se envolver. Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor o seu eu verdadeiro. Expor suas idéias e sonhos em público é arriscar-se a perder. Viver é arriscar-se a morrer. Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção. Tentar é arriscar-se a falhar. Mas... é preciso correr riscos. Porque o maior azar da vida é não arriscar nada... Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são. Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza. Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver... Acorrentadas às suas atitudes, são escravas, abrem mão da sua liberdade. Só a pessoa que arrisca é livre... Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida..."

Soren Kiekegaard

Um comentário:

  1. Uaaauuu, Cá...
    Não é à toa que nós amamos os existencialistas, né?!

    ResponderExcluir